domingo, 9 de março de 2014

A Educação Escolar de Pessoas com Surdez na Perspectiva Inclusiva junto ao Atendimento Educacional Especializado



A Educação Escolar de Pessoas com Surdez na Perspectiva Inclusiva junto ao Atendimento Educacional Especializado

                                                                                                    Helena Naves Pereira

                  
                   A educação escolar de alunos com surdez busca romper com o embate entre os gestualista e os oralistas, e nos reportando ao pensamento pós-moderno, a pessoa com surdez, como ser humano descentrado, em que os processos perceptivos, linguísticos e cognitivos poderão ser estimulados e desenvolvidos, tornando-os seres humanos capazes, produtivos, com potencialidade para adquirir e desenvolver não somente os processos visuais-gestuais, bem como a leitura e a escrita. Isso nos faz afirmar que a pessoa com surdez será remetida não somente como indivíduo que conseguiu transpor o a deficiência sensorial auditiva, mas o cidadão que tem potencialidades que precisam de estímulos. Neste contexto, a Educação Especial, na perspectiva inclusiva, com o serviço complementar do Atendimento Educacional Especializado na escola comum, oferece novas possibilidades para as pessoas com surdez, em que a Libras e a Língua Portuguesa escrita são línguas de comunicação e instrução para o desenvolvimento psicossocial, cognitivo e cultural.
 A educação necessita transpor muitas barreiras para realmente garantir o direito à educação escolar para a pessoa com surdez, modificando a maneira de como as propostas educacionais se estruturam adequando-se ao potencial cognitivo, social e linguístico.

                                     Conforme Damázio (2007) a inclusão do aluno com surdez deve acontecer              desde a educação infantil até a educação superior, na escola comum para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula como no Atendimento Educacional Especializado.

                    É importante rompermos com as práticas pedagógicas excludentes e buscarmos uma escola unificada que reconheça e valorize as diferenças, reconhecendo o potencial de cada um suprindo suas especificidades. A pessoa com surdez é um individuo apto a aprender desde que sejam dadas condições necessárias para que possa usufruir de seus direitos como cidadão mediante a comunidade escolar.

                                     Segundo Damázio e Ferreira (2009) Pensar e construir uma prática pedagógica que se volte para o desenvolvimento e potencialidades das pessoas com surdez é fazer com que a instituição esteja preparada para compreender essa pessoa em suas potencialidades, singularidades e diferenças e em seus contextos de vida. Consideram como causa principal causa para o sucesso ou fracasso escolar de uma ou outra língua. O trabalho pedagógico na escola comum deve ser desenvolvido em um ambiente bilíngue.

                   A escola é o ambiente onde estratégias de aprendizagem devem ser criadas para suprir as necessidades dos alunos surdos e dos demais e em parceria com o professor da sala comum o professor da SRM (Sala de Recursos Multifuncionais) com AEE (Atendimento Educacional Especializado) deverá buscar uma organização pedagógica para contribuir para a compreensão dos conceitos curriculares, propiciando ao aluno com surdez a ampliar seu conhecimento mediante aos conteúdos trabalhados em língua portuguesa e na LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais).
                    Para que o aluno com surdez tenha acesso às duas línguas simultaneamente no ambiente escolar deve envolver três momentos:

                                   Segundo Damázio (2005:69-123) Atendimento Educacional Especializado EM LIBRAS Atendimento Educacional Especializado para o ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA. Atendimento Educacional Especializado para o ensino DE LIBRAS.

Desta maneira haverá realmente uma construção de experiências e vivências conceituais, em que a organização do conteúdo curricular deverá ter funcionalidade para a vida escolar do aluno com surdez, priorizando o conhecimento; visto que, este conhecimento precisa ser compreendido e contextualizado, na qual as informações se processem como instrumento de interlocução e de diálogo. Efetivando a inclusão da pessoa com surdez no meio escolar e social.



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